top of page

O Lamento da Amazônia: Um Silêncio Ensurdecedor Diante das Chamas

  • Foto do escritor: Pablo Luz
    Pablo Luz
  • 7 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Nas chamas dançantes da Amazônia, o eco do silêncio encontra a tristeza da natureza, clamando por vozes que ecoem a esperança.


No coração da majestosa Amazônia, onde a natureza dança em um balé de vida exuberante, há um lamento sussurrado pelas árvores, um grito ecoando no vento, um suspiro preso na garganta de todos que amam esta terra. A floresta está em chamas, e o cenário é desolador.


Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a qualidade do ar na capital amazonense está considerada péssima. A plataforma considera o ar péssimo quando o índice está entre 125 e 160. Os índices de qualidade do ar oscilam entre péssimos e alarmantes, atingindo níveis que roubam o fôlego dos habitantes, alcançando números inimagináveis. Na Zona Sul de Manaus, esse número já chegou a 600, um grito de socorro em forma de dados, e a Zona Leste não ficou muito atrás, com índices entre 200 e 400.


As queimadas, uma praga que assola nossa Amazônia, não são novidade. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontou agropecuaristas como os culpados no início deste mês, mas agora o governo do Amazonas aponta para o Pará, onde o fogo dança descontrolado.


No entanto, a maior tristeza não está nas chamas que consomem nossa floresta, mas sim na indiferença que parece permear nossa sociedade. Um silêncio ensurdecedor que ecoa em todas as direções, como se o grito da natureza caísse em ouvidos moucos.


Alguns apontam para a política, para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, como o culpado por este silêncio, uma aliança que sufoca as vozes daqueles que normalmente se ergueriam contra a tragédia. A classe artística, os veículos de comunicação, os ativistas, todos parecem mornos e ausentes diante da magnitude do desastre que se desenrola.


Onde estão as reportagens especiais na televisão, os plantões de urgência interrompendo a programação, as hashtags e a mobilização? Onde estão os indígenas clamando por ajuda? A ausência é um vácuo que engole nossa compaixão, e já dura quase um ano.


É urgente que o governo do Amazonas aja com ousadia e responsabilidade, investindo em instrumentos de combate às queimadas e na tecnologia que nossa zona franca de Manaus pode oferecer. A proteção da floresta não pode ser um mero discurso, mas uma realidade, estendendo-se além de Manaus e alcançando os recantos mais remotos da nossa terra.


A Amazônia, com sua diversidade de vida e seu papel vital na regulação do clima global, é nossa joia mais preciosa. Não podemos permitir que o silêncio e a inação a destruam. Precisamos nos erguer em defesa desta maravilha natural, antes que seja tarde demais, e a tristeza que nos envolve se torne eterna.

Comments


bottom of page